Pode ser muito, pode ser pouco, mas tem que ser suficiente. Se te bastam minutos, horas, dias, semanas, meses, anos, tanto faz. O que vale é curar. Feridas se abrem, feridas cicatrizam, feridas voltam a abrir, feridas se fecham para sempre. Lembranças das feridas existem e, o que pode ter sido doloroso na hora do tombo, pode ser engraçado ao lembrar da situação embaraçosa. As pessoas podem guardar mágoas, o que eu não aconselho, mas podem. Como também podem saber superar perdas ou entender que erros, todos nós cometemos. Às vezes, o que achávamos que seria melhor para nós, "vira contra o feiticeiro". Quando as coisas se invertem, esse alguém perde seu chão. De coringa a carta descartável, não há jogador que queira perder a "boa mão". Tudo muda e, nesta hora, você pode arriscar um blefe ou desistir do jogo. Mas, isso só o tempo cura, só o tempo apaga, só o tempo muda. Talvez não tão bem como gostaríamos que fosse. Pode restar uma vontade, um sentimento ou, até mesmo, uma dorzinha no peito. Mas, a força dá suporte. Afinal, de apenas um bem serve o tempo, transformar nosso sentimentalismo em racionalidade.
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